O outro
significado do ‘término’ de uma análise é muito mais ambicioso. Nesse sentido,
o que estamos indagando é se o analista exerceu uma influência de tão grande
conseqüência sobre o paciente, que não se pode esperar que nenhuma mudança
ulterior se realize neste, caso sua análise venha a ser continuada. É como se
fosse possível, por meio da análise, chegar a um nível de normalidade psíquica
absoluta – um nível, ademais, em relação ao qual pudéssemos confiar em que
seria capaz de permanecer estável, tal como se, talvez, tivéssemos alcançado êxito
em solucionar todas as repressões do paciente e em preencher todas as lacunas
em sua lembrança. Podemos primeiro consultar nossa experiência para indagar se
tais coisas de fato acontecem, e depois nos voltarmos para nossa teoria, a fim
de descobrir se há qualquer possibilidade
de elas acontecerem.
In.: ANÁLISE
TERMINÁVEL E INTERMINÁVEL (1937)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por pensar junto...